Colocar proteína no prato virou tarefa impossível para boa parte dos brasileiros na gestão do ministro da Economia, Paulo Guedes. Quando o atual governo assumiu, em janeiro de 2019, as carnes de primeira e segunda eram vendidas por quase a metade do que custam hoje. O preço de ambas subiu mais de quatro vezes acima da inflação oficial do país nesse período.
A situação pode piorar com o fim do embargo chinês à carne bovina brasileira, anunciado em dezembro. Com a medida, o produto pode faltar nas gôndolas e tende a aumentar de preço.
De acordo com o levantamento mensal da cesta básica paulista feito pelo Procon-SP, os cortes nobres saíam em média por R$ 24,19 o quilo há quase três anos. Em novembro de 2021, o preço saltou para R$ 44,45, 83,75% de aumento.
Segundo a calculadora do Banco Central, nesse mesmo intervalo de tempo, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 19,29%.
O caso das carnes de segunda (sem osso) é ainda pior. Saíam em média por R$ 17,88 no país no início de 2019. Hoje, por R$ 34,02 (90,26% mais salgada).